quinta-feira, 28 de abril de 2011

Mercado de Trabalho

Maioria dos trabalhadores da UE trabalhará dentro em breve no sector dos serviços.
Até 2020, o sector dos serviços, nomeadamente os seguros, os cuidados de saúde, a venda a retalho e a educação, passará a representar três em cada quatro postos de trabalho na UE, de acordo com um novo relatório English sobre o futuro do mercado de trabalho europeu.
O relatório afirma que se deverá assistir ao aumento do número de empregos que exigem uma educação de nível superior e competências avançadas, para além de competências analíticas genéricas, em comunicação, informáticas e de trabalho de equipa. Paralelamente, deverá também verificar-se um aumento dos empregos que requerem poucas ou mesmo nenhumas qualificações.
Os responsáveis governamentais europeus encomendaram este relatório tendo em vista preparar a mão-de-obra para os empregos do futuro English e evitar alguns dos actuais problemas decorrentes da desadequação entre a oferta e a procura. Actualmente, muitas indústrias europeias têm dificuldades em encontrar o pessoal necessário, especialmente quando necessitam de trabalhadores com competências de elevado nível. Todavia, não são tão raros quanto isso os casos de pessoas com boas qualificações que desempenham funções de nível inferior, o que mostra que nem sempre o grau dos conhecimentos equivale a mais competências.
A Comissão Europeia anunciou planos para vigiar mais de perto o mercado de trabalho atendendo à crise económica e para providenciar avaliações actualizadas regulares da evolução prevista. Outras propostas apresentadas têm como objectivo promover a orientação profissional e a mobilidade dos trabalhadores e melhorar a compreensão do mercado de trabalho mundial através de contactos com organizações profissionais e países como os EUA, o Canadá e a China. Para reforçar estas medidas, será criado um grupo de peritos em 2009.
O mercado de trabalho europeu atravessa uma profunda transformação devido às novas tecnologias, à globalização, ao envelhecimento da população e à transição para uma economia menos dependente do carbono. Prossegue a passagem do emprego dos sectores da agricultura e da transformação tradicional para os serviços e actividades baseados no conhecimento. A capacidade de adaptação dos trabalhadores é essencial ao crescimento e à paz social.
Globalmente, está prevista a criação de cerca de 20 milhões de postos de trabalho na UE entre 2006 e 2020, aos quais se deverão juntar mais 80 milhões de postos de trabalho à medida que a geração dos denominados "baby-boomers" for atingindo a idade da reforma e a população activa for diminuindo. Poderá haver falta de mão-de-obra, mesmo nos sectores que estão actualmente a diminuir o pessoal. A Comissão Europeia salienta que a crise económica dificulta as previsões em termos de emprego e que estes números podem mudar.

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